Crónicas de Sabão

Crónicas de sabão Episódio 1 Mas afinal, o que raio é sabão?
(Dialogo hipoteticamente hipotético)
-Então...sabão é...é...é sabão! Sabão é sabão, pá! Olha! Sabão, são aquelas barras embrulhadas em plástico que ficam nas prateleiras debaixo nos supermercados, na zona dos detergentes.
-Não é isso! ‘Tás parvo?...nas prateleiras de baixo...
-Não é o quê? É sim senhor!
-Olha aqui na Wikipédia....
-Na uiqiqê?
-È pá! Queres tomar atenção? ‘Tás a levar uma “bélinha” não tarda! Aqui está escrito: “O sabão é um produto tensoativo usado em conjunto com água para lavar e limpar. Sua apresentação é variada, desde barras sólidas até líquidos viscosos.”...
-Vês? Vês? Eu sabia! Usava-se para lavar a roupa! Até deixava os peixes cor de prata! Agora é que já não se usa... também já quase não há peixes.
-Mas tu ainda não paraste de dizer disparates? Aqui diz também: “Do ponto de vista químico, o sabão é um sal de ácido graxo. Tradicionalmente, o sabão é produzido por uma reação entre gordura e hidróxido de sódio e de potássio e carbonato de sódio, todos álcalis (bases) historicamente lixiviados das cinzas de madeiras de lei. A reação química que produz o sabão é conhecida como saponificação. A gordura e as bases são hidrolisadas em água; os gliceróis livres ligam-se com grupos livres de hidroxila para formar glicerina, e as moléculas livres de sódio ligam-se com ácidos graxos para formar o sabão.[1]”.
Percebeste? Ao misturar uma gordura com uma solução alcalina, que neste caso será uma mistura de água e hidróxido de sódio, dá-se uma reacção química que se denomina de saponificação e dai resulta o sabão.
-Aaahh!!! ... saponificação!!!...Pois, se lava os peixes também é capaz de lavar sapos!!
-Sapos? ...SAPOS!?!?!? ISTO NÂO TEM NADA A VER COM SAPOS!!! NEM PEIXES!!! IRRA!!!!! SAPONIFICAÇÃO É A REAÇCAO QUIMICA DA QUAL RESULTA O SABÃO!!!!
-Calma meu! ...Para que são os gritos???
(som de respiração ofegante e ligeiros grunhidos de raiva assassina)
-Olha! Sabes que eles agora, ralam as barras de sabão que não se vendem e juntam aos detergentes da roupa? Assim vendem os detergentes e livram-se do stock velho de sabão.
(som de doloroso deglutir de baba de raiva assassina, seguido de ataque de tosse asfixiante)
-Aposto que não sabias disto! Á pois é!! Não és só tu que sabe coisas! Aqui o je também pesca umas coisas!! HA! HA! Viste? Pesca ...peixes... percebo ou não de sabão?
(grito agonizante de desespero, seguido de som de corrida desenfreada com eventual cabeçada na parede e subsequente desmaio com queda dorsal)
-Então!? O que te aconteceu? Acorda! Ora esta! E logo agora que eu ia perguntar se também faziam sabão com rãs...

(Dialogo hipotético, realizado num universo hipotético-mental de 2 neurónios (o Zé e o Manel), dos quais nenhum se aproveita e a totalidade roça as raias da demência e também desopilam de vez em quando)

http://pt.wikipedia.org/wiki/Sab%C3%A3o#cite_note-1
http://www.sabao-barra.com/Curiosidades.html Crónicas de Sabão -2 E então quem é que inventou o sabão?

-Olá!
-Olá.
-‘Tás a fazer?
-A ler umas curiosidades sobre a origem do sabão.
-Hum...
(barulho irritante de mastigação, junto aos ouvidos, de alguém que está sobre o seu ombro a olhar o que se está a ler)
-Siim?
-Parece interessante. Continua.
(inspiração profunda-expiração prolongada para evita entrar em stress)
-Ao menos mastiga de boca fechada! Que estás a comer?
-Pfipfocas.
-Fecha a boca! E sai dai detrás e senta-te se queres ler também! E dá cá pipocas!
-Que é que diz aí?
-Diz para ficares caladinho e quieto, se não quiseres levar uma lamparina!
-UU!! Nervosinho… (silencio de cerca de 10 segundos)…E então, quando é que apareceu o sabão?
- (inspiração profunda-expiração prolongada) Aqui diz que ”De acordo com uma antiga lenda romana, o sabão tem a sua origem no Monte Sapo, onde eram realizados sacrifícios de animais em pilhas crematórias. Quando chovia, a água arrastava uma mistura de sebo animal derretido com cinzas, para o barro das margens do Rio Tibre, onde as mulheres lavavam as suas roupas. Elas terão percebido que, ao usar esta mistura de barro, as roupas ficavam muito mais limpas, com um esforço muito menor. Talvez o termo "saponificação" (a reacção química que origina o sabão) terá a sua origem no nome deste monte.”
-Era lá que lavavam aqueles lençóis que eles usavam enrolados à volta do corpo?
-Lá onde?
-No rio do tigre ou do sapo ou lá o que era.
-É o Rio Tibre, TIBRE!! E o Monte onde faziam os sacrifícios dos animais é que se chamava Sapo!
-AHHH! Mas era lá ou não que lavavam os lençóis?
-Togas! Chamavam–se togas e não lençóis! Aqui fala de roupa, não especifica. Mas na cidade de Roma existiam lavandarias.
-E lá lavavam as …togas, com sabão?
-Provavelmente. Mas também utilizavam amónia que obtinham através da urina humana.
-Peraí!Peraí! Urina? Disseste urina humana?
-Sim. Urina humana. Era recolhida em tinas que eram deixadas à porta das lavandarias e…
-Xixi?!
(suspiro)
-Sim! Xixi… o xixi era recolhido em tinas e ….
- BLAARGT!!!QUE NOOJO!! Lavavam a roupa com xixi?! Heheheh! Devia ser cá um pivete!! Ganda nojo!! Que porcos!
-És mesmo ignorante! Fica sabendo que os romanos davam muita importância à higiene pessoal e utilizavam frequente, senão diariamente os chamados Banhos Públicos!!
-Também não admira, né? Com o cheirinho que deitavam!!! Precisavam mesmo de tomar banho em publico!!!hehehe! Devia ser giro andarem pela rua com um chuveirinho a deitar agua pela cabeça abaixo!!
-É pá! Tu és muito estúpido! Banhos Públicos! Banhos Públicos!!
(som de chapadona, tipo “ganda bélinha” no alto da cabeça)
-Aaaiiii!
-Olha para aqui. Eram as chamadas Thermae, foi daqui que veio a denominação termas. “Os banhos públicos eram vastos edifícios” Edifícios! Não andavam pela rua com ...chuveirinhos!!... “edifícios preparados para proporcionar aos habitantes ou visitantes da cidade a possibilidade de tomar o seu banho de acordo com as regras prescritas” Percebeste?
- E usavam sabão para se lavar, certo?
-Não. Não exactamente.
-Então...era só com água que se lavavam? Não admira que tivessem de passar por aquelas fases todas para tomar banho! Até tinham que ficar de molho para tirar a porcaria!!hehehe
(novo som de belinha na testa)
-Queres parar com os disparates! Pensa antes de falares!
-Aaaii! Como queres que pense se me estás sempre a bater?
-Como se isso tivesse alguma influencia...Os romanos faziam como os gregos, utilizavam o strigil para raspar a areia, cinzas e óleos com que cobriam o corpo.
- ?streequê?
- strigil..era um instrumento de metal especifico que permitia remover os resíduos de barro, cinzas e óleos com que eles “lavavam” o corpo e ao mesmo tempo removiam gordura e células mortas da pele, deixando-a “limpa”.
-Então, não estou a perceber. Não foi lá no Monte do Sapo que eles descobriram o sabão?
(suspiro)
-Sim...segundo a lenda... O sabão embora conhecido era utilizado para fins medicinais, o sabão era recomendado pelos médicos, como benéfico para a pele e era misturado com ervas e óleos medicinais para tratar feridas e problemas de pele. O sabão era utilizado por outros povos conquistados pelos romanos que usavam uma mistura de sebo animal e cinzas para tingirem os seus cabelos e para lavarem a roupa. É até provável que tenha sido através dos povos conquistados que os romanos tomaram conhecimento do método de fabricação de sabão, pois mais tarde encontrou-se nas ruínas de Pompeia uma fábrica de sabão.
-Aaa...
-Que foi?
-Nada. ‘Tou a pensar...
-Tu...a pensar? Até estou com medo.
(som de batidinhas frenéticas e irritantes no braço do interlocutor)
-Ó!Ó!Ó! Já sei! Já sei!
-Para com isso! Sabes o quê?
-Já sei porque que é os romanos conseguiram conquistar toodos aqueles povos e tal!
-Porque tinham a comandá-los homens ambiciosos e grandes lideres militares, não?
-Naaa! Nada disso! Então, quando chegavam a uma terra que queriam conquistar, com o cheirinho a xixi que eles tinham a malta ficava toda aparvalhada, assim ‘pó ganzado, ‘tás a ver? E eles conquistavam logo tudo o que queriam!
(Gasp! Gasp! Cof...cof...som de asfixiamento por aperto de garganil)
(grunhidos ininteligíveis oriundos do asfixiante)
-...a mãozinha...a mãozinha...ar...ar... (continuação de som de asfixiamento por aperto de garganil)
-(mais grunhidos inteligíveis oriundos do asfixiante)
(som de passos e de porta da rua a bater)
-(som de aclaramento de garganta) O que é que foi? Onde é que vais? Olha!...se calhar foi fazer xixi. NÃO ESTRAGUES AS FLORES!!
(som de colocar os pés em cima da mesinha)
-QUERES QUE TE GUARDE PIPOCAS? (som de mastigação) Afdoro pfipfocas!
(Dialogo hipotético, realizado num universo hipotético-mental de 2 neurónios (o Zé e o Manel), dos quais nenhum se aproveita e a totalidade roça as raias da demência e também desopilam de vez em quando)
Florbela
3/06/2010
Fonte(s):

http://knol.google.com/k/francisco-quium
http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/historia-do-sabao/historia-do-sabao-2.php
http://algarvivo.com/arqueo/romano/termas-romanas.html